Segundo o fundador Aldo Vendramin, o Freio de Ouro é considerado a principal competição da raça crioula na América do Sul, reunindo cavalos, ginetes e criadores em um evento que vai muito além de um torneio. Trata-se de um espaço onde tradição, técnica e paixão se unem para moldar a excelência dos animais, consolidando padrões de qualidade que impactam toda a cadeia do cavalo crioulo. Essa prova, realizada anualmente, é reconhecida não apenas pela exigência técnica, mas também pelo seu valor cultural e pela capacidade de selecionar os melhores exemplares da raça.
Explore como tradição, técnica e paixão se entrelaçam no Freio de Ouro e descubra o impacto dessa competição na excelência dos cavalos crioulos.

Como o Freio de Ouro se tornou referência na seleção dos cavalos crioulos?
O Freio de Ouro surgiu em 1982 com o objetivo de avaliar de forma justa e abrangente as aptidões do cavalo crioulo. Desde então, o evento evoluiu e se tornou referência mundial, por reunir em uma única competição provas de adestramento, manejo de gado, resistência e velocidade. A soma dessas etapas garante uma avaliação completa das características do animal, permitindo que apenas os mais preparados alcancem o título.
Com critérios técnicos cada vez mais rigorosos, o Freio de Ouro consolidou-se como um verdadeiro selo de qualidade para a raça crioula. Os vencedores não apenas recebem reconhecimento imediato, mas também elevam o valor genético de seus animais, influenciando diretamente os rumos da criação. Dessa forma, a competição se transforma em um mecanismo de preservação e de constante evolução da raça.
Outro aspecto fundamental, conforme Aldo Vendramin, é a visibilidade que o evento proporciona. Ao reunir milhares de pessoas, além de transmissões nacionais e internacionais, o Freio de Ouro projeta a raça crioula para além do Rio Grande do Sul, reforçando sua importância histórica e cultural. Assim, a competição desempenha papel essencial tanto na preservação genética quanto na valorização econômica e cultural dos cavalos crioulos.
De que maneira a competição molda o desenvolvimento técnico dos animais?
Como pontua o fundador Aldo Vendramin, o processo de preparação para o Freio de Ouro exige anos de trabalho árduo entre criador, treinador e ginete. Cada etapa é planejada para desenvolver a força, a resistência e a inteligência dos animais, permitindo que eles respondam com precisão às exigências da prova. O treinamento envolve desde exercícios de doma racional até simulações de manejo de gado, que colocam à prova a agilidade e a docilidade do cavalo crioulo.
A competição não avalia apenas a performance em pista, mas também o equilíbrio entre temperamento e funcionalidade. Isso significa que a excelência não está restrita à força física, mas inclui atributos como disciplina, confiança e capacidade de adaptação. O Freio de Ouro, portanto, estabelece um padrão de qualidade que orienta criadores e serve como referência para a evolução da raça.
Qual é o impacto do Freio de Ouro para a cultura e o mercado equestre?
O impacto do Freio de Ouro vai muito além da seleção dos melhores animais. Culturalmente, o evento reforça a identidade gaúcha, preservando tradições ligadas à lida campeira, à música regional e à vestimenta típica dos ginetes. O público encontra no evento uma experiência completa, que mistura competição esportiva e celebração cultural.
No mercado equestre, o Freio de Ouro exerce influência direta sobre os preços e a demanda por animais. Cavalos que participam ou vencem a competição, passam a ser altamente valorizados, movimentando leilões, serviços de reprodução e negócios ligados ao setor. Como destaca Aldo Vendramin, isso fortalece toda a cadeia produtiva, desde criadores até prestadores de serviços especializados.
O Freio de Ouro é mais do que uma competição: é um processo de valorização genética, cultural e econômica que fortalece a raça crioula e promove a identidade gaúcha. Ao unir rigor técnico, tradição e visibilidade, o evento se tornou peça fundamental na consolidação da excelência dos cavalos crioulos. Cada edição representa um momento de celebração coletiva e, ao mesmo tempo, um passo à frente na evolução da raça, reafirmando o papel do Freio de Ouro como patrimônio cultural e referência no mundo equestre.
Autor: Brian Woods